A estatal chinesa Cofco assinou contratos de mais de US$ 10 bilhões com empresas como ADM, Bunge e Cargill para importar soja do Brasil e óleo de palma.

A estatal chinesa Cofco, uma das maiores compradoras de commodities agrícolas do mundo, anunciou novos contratos bilionários com tradings internacionais para a aquisição de soja do Brasil, óleo de soja, óleo de palma e outros produtos agrícolas. As negociações, que totalizam quase 20 milhões de toneladas em mercadorias, ultrapassam o valor de US$ 10 bilhões.

Os acordos foram firmados na última semana durante a China International Import Expo, realizada em Xangai. As tradings envolvidas incluem gigantes do agronegócio como ADM, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus, segundo comunicado oficial da empresa Cofco Oils & Oilseeds.

O anúncio reforça o papel estratégico do Brasil como principal fornecedor de soja para o mercado chinês, que busca diversificar suas importações agrícolas e reduzir a dependência dos Estados Unidos. A declaração da estatal, publicada em sua conta oficial no WeChat, não mencionou compras de produtos norte-americanos.

Brasil supera Estados Unidos nas exportações de soja

Apesar de Pequim ter reduzido algumas tarifas sobre produtos agrícolas americanos, a China ainda mantém uma taxa de 10% sobre todas as importações vindas dos EUA. Mesmo com o corte parcial, as tarifas sobre a soja, por exemplo, permanecem em 13% — ainda elevadas o suficiente para desestimular os compradores privados.

Enquanto isso, o preço da soja brasileira se manteve mais competitivo, favorecendo o aumento das exportações do país. Analistas destacam que o custo logístico menor e a qualidade do grão nacional tornaram o produto brasileiro a principal escolha da indústria chinesa.

Traders e analistas internacionais acompanham atentamente as movimentações da Cofco, já que o governo dos Estados Unidos afirmou recentemente que Pequim havia se comprometido a comprar cerca de 12 milhões de toneladas de soja até o final do ano. Entretanto, o volume anunciado na feira de Xangai reforça que o foco chinês continua voltado ao Brasil.

Parceria bilionária fortalece laços comerciais

As novas compras reforçam a aliança entre China e Brasil no agronegócio, ampliando um relacionamento que já movimenta bilhões de dólares anualmente. Além da soja, os contratos incluem óleo de palma e óleo de soja, produtos fundamentais para a indústria alimentícia e energética chinesa.

O movimento também reflete a busca da China por maior segurança alimentar e energética em meio à volatilidade dos mercados globais e às tensões comerciais com Washington. As importações de soja e derivados são essenciais para a produção de ração animal e óleo vegetal — pilares da economia chinesa.

Brasil consolida liderança nas exportações agrícolas

O novo pacote de contratos confirma o Brasil como principal parceiro agrícola da China. O país asiático é o maior comprador da soja brasileira, respondendo por mais de 70% das exportações do grão. Essa parceria fortalece ainda mais o papel do agronegócio nacional como motor da economia brasileira e pilar das exportações.

Com os novos acordos, o comércio bilateral tende a se intensificar, consolidando o Brasil como o maior fornecedor mundial de soja e derivados e reforçando o protagonismo chinês nas compras globais de commodities agrícolas.

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dedicados à pesquisa, cobertura e promoção do gênero que move o coração do Brasil. Fundador e CEO do Movimento Country, o maior portal de música sertaneja do país, Hedmilton transformou sua paixão pelo campo e pela cultura popular em uma das principais referências do entretenimento brasileiro. Reconhecido por sua visão pioneira, já entrevistou os maiores nomes do sertanejo, cobriu festivais históricos e ajudou a consolidar o gênero nas plataformas digitais. Sua trajetória une jornalismo, estratégia digital e curadoria musical, tornando-o uma autoridade respeitada tanto por artistas quanto pelo público. Hoje, lidera o Movimento Country com o mesmo propósito de quando começou: valorizar as raízes, celebrar os artistas e conectar o sertanejo com novas gerações.

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