A morte de Mauri Lima marca nova tragédia para Chitãozinho e Xororó, que perdem o segundo irmão em três anos após acidente na Régis Bittencourt.

A morte de Mauri Lima, ocorrida no domingo (7), mergulhou o universo sertanejo em profundo luto e trouxe novamente dor à família de Chitãozinho e Xororó. A tragédia marca a segunda perda de um irmão em apenas três anos, reacendendo a comoção que já havia abalado o clã Lima em 2022, quando Rosária, outra integrante da família, faleceu.

Mauri, de 55 anos, morreu após um grave acidente na Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), em Miracatu (SP). A van em que ele estava, junto do irmão e parceiro de dupla, Maurício, colidiu com um caminhão e uma caminhonete no km 372,7. Além da morte do cantor, outro integrante da equipe também faleceu.

A notícia impactou profundamente os fãs e seguidores da família Lima, que possui oito irmãos e uma longa história de contribuição para o sertanejo. Chitãozinho (José), Xororó (Durval), Maurício e Mauri formaram, ao longo das décadas, duas duplas que marcaram gerações. A nova tragédia trouxe comoção por atingir justamente um dos pilares dessa linhagem musical poderosa.

O acidente que tirou a vida de Mauri e abalou o sertanejo

A fatalidade aconteceu quando Mauri e Maurício retornavam de uma apresentação em Curitiba (PR). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, a van transportava nove passageiros quando sofreu uma batida traseira envolvendo um caminhão. Seis pessoas ficaram feridas, sendo cinco com lesões moderadas e uma com traumas leves.

Maurício, que fazia dupla com o irmão há 35 anos, sobreviveu e está sendo amparado pela família. A tragédia interrompeu a trajetória de uma dupla marcada pela harmonia vocal, pela história ao lado dos irmãos mais famosos e por contribuições importantes ao cenário sertanejo.

História da família Lima: oito irmãos, duas duplas e um legado imenso

Morre Mauri, da dupla sertaneja Mauricio e Mauri (Foto: Divulgação)
Morre Mauri, da dupla sertaneja Mauricio e Mauri (Foto: Divulgação)

O núcleo familiar de Chitãozinho e Xororó é composto por oito irmãos: José, Durval, Maurício, Mauri, Nilva, Rosária, Tião e Ricardo. Quatro deles seguiram carreira artística, reforçando o peso cultural da família para o gênero sertanejo. Juntos, formaram duas duplas que conquistaram o país: Chitãozinho & Xororó e Maurício & Mauri.

Dias antes da tragédia, os quatro irmãos haviam lançado uma regravação de “Paixão ou Loucura”, sucesso de Maurício & Mauri, comemorando a união artística e a história do grupo. O lançamento ganhou agora um significado ainda mais profundo, marcando o último registro coletivo dos irmãos.

Como foi o adeus a Mauri e as homenagens

O corpo de Mauri foi sepultado em Campinas (SP). Casado com a apresentadora Andrea Fabyanna e pai de uma jovem de 20 anos, o cantor vivia em Indaiatuba e mantinha forte presença nas redes sociais. Seu último post, inclusive, foi uma homenagem à esposa, que havia feito aniversário três dias antes da tragédia.

Chitãozinho e Xororó divulgaram uma nota de pesar emocionada, agradecendo às manifestações de carinho e pedindo respeito à privacidade da família em meio ao momento devastador. A perda do artista gerou comoção em fãs, colegas de profissão e admiradores que acompanharam sua trajetória ao longo das décadas.

O impacto emocional: segunda perda em três anos

Em dezembro de 2022, a família já havia enfrentado a morte de Rosária, irmã de Chitãozinho e Xororó. Agora, com a morte de Mauri Lima, a ferida volta a se abrir e reforça o peso emocional vivido pelo grupo, cujo legado musical é um dos mais importantes da história do sertanejo.

Com décadas de carreira, os irmãos sempre mostraram força e união. A nova tragédia, porém, marca um capítulo especialmente doloroso, que ficará registrado como um dos momentos mais difíceis da família Lima. O público, por sua vez, segue acompanhando e prestando solidariedade aos artistas.

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dedicados à pesquisa, cobertura e promoção do gênero que move o coração do Brasil. Fundador e CEO do Movimento Country, o maior portal de música sertaneja do país, Hedmilton transformou sua paixão pelo campo e pela cultura popular em uma das principais referências do entretenimento brasileiro. Reconhecido por sua visão pioneira, já entrevistou os maiores nomes do sertanejo, cobriu festivais históricos e ajudou a consolidar o gênero nas plataformas digitais. Sua trajetória une jornalismo, estratégia digital e curadoria musical, tornando-o uma autoridade respeitada tanto por artistas quanto pelo público. Hoje, lidera o Movimento Country com o mesmo propósito de quando começou: valorizar as raízes, celebrar os artistas e conectar o sertanejo com novas gerações.

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