Em uma entrevista sincera, o cantor Chitãozinho, irmão e dupla de Xororó, deu sua opinião polêmica sobre a atual fase da música sertaneja
Pela primeira vez na história, a dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó está pronta para subir ao palco do Rock in Rio, agendado para setembro deste ano. No entanto, o anúncio da participação dos renomados artistas sertanejos em um evento tão emblemático para os fãs do rock’n’roll não passou despercebido, gerando críticas e descontentamento entre parte do público habitual do festival.
Em uma entrevista concedida ao jornal Estado de S.Paulo, a dupla compartilhou suas reflexões sobre a diversidade musical nos grandes festivais. “Temos observado ao longo dos anos que o público não muda muito. Claro, há aquela galera que vai lá apenas para curtir a Fresno ou é fã de outro artista. Mas também há um contingente que vai nos ver especificamente”, destacou Xororó.
Quando questionado sobre a nova geração da música sertaneja e a distância das canções sobre bebedeiras e traições, Chitãozinho respondeu com firmeza: “Não há essa coisa de ‘não gravamos músicas sobre bebida’. Depende do contexto. Se a música for de qualidade, mesmo que aborde o tema da bebida, ela pode se encaixar tranquilamente em nosso repertório. Afinal, isso faz parte do cotidiano e das experiências humanas”, explicou o veterano da música sertaneja.
“A questão não é a bebida. O que nos incomoda é que as pessoas estão produzindo músicas extremamente comerciais, sem conteúdo, destinadas a tocar por apenas dois ou três meses, especialmente nas plataformas digitais e redes sociais. Logo após, são substituídas por outras. Isso não nos agrada. Sempre buscamos cantar músicas que possam perdurar no coração das pessoas por muitos anos”, acrescentou.
Artesão recria casa de Chitãozinho e Xororó
Chitãozinho e Xororó são uma das duplas sertanejas mais populares e respeitadas do Brasil. Com mais de 50 anos de carreira e milhões de discos vendidos, os irmãos superaram uma infância difícil e mudaram suas vidas com suas vozes afinadas e carisma único.
A história da dupla, contada na série “As Aventuras de José e Durval“, deixam claro a grande luta para Chitãozinho e Xororó chegarem ao estrelato. Com isso, Osmar Sarabia Garcia, um artesão de Maringá, cidade do Paraná, resolveu fazer uma grande homenagem aos irmãos paranaenses recriando a casa onde eles moraram na infância.
A fã, Ariadne Braga Bomfim Clímaco, também de Maringá, foi a mente por trás da encomenda especial. Osmar, inicialmente hesitante, aceitou o desafio mesmo tendo apenas uma foto da fachada da casa como referência. O artesão e sua cliente então se inspiraram em um episódio do programa “Caldeirão do Huck“, onde uma réplica da casa foi apresentada.
“O que eu gosto é que as pessoas, quando recebem uma obra minha, sejam realmente movidas pelo sentimento de que ela morou ali. Ela se transporta, ela passa a viver, pelo menos na imaginação, quando ela era criança, as coisas que aconteceram naquela casa. Então, isso, para mim, é o maior pagamento que tem”, disse Osmar em entrevista ao g1.
Utilizando técnicas artesanais e um olhar aguçado para detalhes, como um bom profissional, Osmar conseguiu recriar a casa com uma semelhança impressionante. Após recebeu o presente, Xororó se emocionou em um vídeo publicado nas redes sociais, em que dizia: “É uma cópia exata da casinha que a gente morou. Foi aqui que tudo começou”.
Veja fotos da miniatura da casa de Chitãozinho e Xororó, feita pelo artesão Osmar Sarabia Garcia:
