Após o cancelamento de um aguardado show da turnê “Cabaré”, fã processa Bruno e Marrone e Leonardo, exigindo indenização de R$ 17 mil

Em um desenvolvimento surpreendente no cenário da música sertaneja, um morador de Primavera do Leste decidiu levar a justiça às grandes produtoras de eventos, após o cancelamento de um show que prometia ser uma das grandes noites de 2023 com as estrelas Bruno e Marrone e Leonardo.

O evento da turnê “Cabaré”, marcado para 28 de outubro em Rondonópolis, nunca aconteceu, deixando centenas de fãs desapontados e um deles particularmente indignado, a ponto de iniciar um processo judicial que busca reparação financeira e moral.

A história começa com a compra entusiasmada de oito ingressos, um investimento total de R$ 7.000, feito pelo reclamante que planejava uma noite inesquecível ao lado de amigos e familiares. As expectativas foram abruptamente desfeitas com um anúncio, feito em 26 de setembro, que notificava o cancelamento do show. Mais frustrante ainda, promessas de uma nova data dentro de 30 dias evaporaram, e o reembolso dos ingressos nunca foi concretizado.

O fã, cuja identidade não foi divulgada, alega que tanto a falta de uma nova data quanto a ausência de reembolso configuram falhas graves na prestação de serviços, violando diretamente os direitos do consumidor. Munido do Código de Defesa do Consumidor, ele moveu uma ação contra as produtoras Sandrinn Shows e Eventos Ltda, Talisma Administradora de Shows e Editora Musical Ltda, e Guiche Web Comercialização de Ingressos Ltda, pedindo não apenas a restituição do valor dos ingressos mas também uma indenização por danos morais, totalizando R$ 17.000.

O Impacto no Cenário Sertanejo

Bruno e Marrone e Leonardo (Foto: Reprodução/Internet)

O caso ganha contornos ainda mais dramáticos quando se considera o impacto sobre a imagem de Bruno e Marrone e Leonardo, dois ícones venerados da música sertaneja brasileira. Embora os artistas não sejam os réus diretos do processo, a associação de seus nomes ao incidente gera um desgaste potencial, podendo afetar a lealdade de longa data de seus fãs.

Até o momento, as produtoras envolvidas não emitiram um comunicado oficial sobre o caso, deixando um vácuo de informações que apenas alimenta a especulação e o descontentamento entre os fãs. O silêncio pode ser estratégico, mas também corre o risco de ser interpretado como indiferença, uma atitude que pode inflamar ainda mais os ânimos dos consumidores já irritados.

Este processo destaca a importância de um atendimento ao consumidor transparente e eficaz, especialmente em um mercado tão competitivo quanto o de shows e eventos. A inversão do ônus da prova, um princípio do Código de Defesa do Consumidor, coloca as empresas em uma posição delicada, exigindo delas uma postura proativa na resolução de conflitos e na comunicação com o público.

Enquanto o processo segue seu curso no 1º Juizado Especial de Rondonópolis, a situação serve como um lembrete severo para todos os envolvidos na indústria do entretenimento sobre a fragilidade da confiança do consumidor e a facilidade com que ela pode ser quebrada. Para os fãs, resta a esperança de que tais incidentes se tornem menos frequentes e que haja sempre um plano robusto de contingência, garantindo que os direitos dos consumidores sejam respeitados e que a música continue a ser uma fonte de alegria, e não de frustração.

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