Não sou antipática, sou profissional“: Paula Fernandes detona cultura de bebedeira, machismo e postura predatória no sertanejo e fala sobre os desafios de ser mulher na indústria musical


Aclamada por hits como “Pássaro de Fogo” e “Jeito de Mato“, a trajetória da cantora sertaneja Paula Fernandes sempre foi envolta por uma aura de “antipatia”. Em entrevista reveladora ao canal “Papo de Música” no YouTube, ela finalmente quebra o silêncio sobre essa fama, desvendando os bastidores da indústria sertaneja, expondo o machismo que a permeia, as bebedeiras desenfreadas nos camarins e os sacrifícios que a catapultaram ao estrelato.

Paula Fernandes desvenda a origem da “fama de antipática“: “Sempre fui extremamente profissional, focada no trabalho e na entrega de um show impecável. Não me envolvia em conversas fiadas ou brincadeiras de bastidores“, explica ela. Essa postura, em um meio onde impera a “camaradagem regada a cachaça”, a tornou alvo de críticas e mal-entendidos.

Não estava ali para beber cachaça com os contratantes“, declara Paula, expondo a cultura machista que impera no sertanejo. Segundo ela, sua recusa em participar desse tipo de comportamento a colocou em desvantagem em relação a outros artistas.

Cheguei a fazer aplicação de injeção na garganta para aguentar a maratona de shows“, revela Paula, ilustrando os sacrifícios que fez em nome do sucesso.

A entrevista de Paula Fernandes gerou um tsunami de reações na web. Fãs a defenderam, reconhecendo seu profissionalismo, talento e força. Outros criticaram sua postura rígida, considerando-a arrogante.

Paula Fernandes teria sido vítima do machismo?

O caso de Paula Fernandes levanta debates acalorados sobre o machismo na indústria musical, a pressão sobre artistas para se encaixarem em moldes pré-definidos, o impacto da fama na vida pessoal e a tênue linha entre profissionalismo e cordialidade.

É importante ponderar que nem todos os artistas sertanejos se comportam da maneira descrita por Paula. Há muitos profissionais que se dedicam à música com seriedade e respeito, sem se submeter a práticas predatórias.

A história de Paula Fernandes é um exemplo de como a imagem de um artista pode ser distorcida por fatores como machismo, expectativas irreais e a própria mídia. É crucial ir além das aparências e reconhecer o talento, a força e a resiliência de uma mulher que se recusa a se submeter a um sistema que a diminui.

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