Morre Ede Cury, a fiel escudeira de Leonardo

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Adeus à “General”: Morre Ede Cury, a fiel escudeira de Leonardo por quase três décadas

Profissional histórica do meio sertanejo, Ede esteve ao lado da família nos momentos mais difíceis, como a morte de Leandro e o acidente de Pedro. Leonardo presta homenagem comovente: “Cuidou de mim como filho”.

O bastidor da música sertaneja perdeu nesta terça-feira, 09 de dezembro, uma de suas figuras mais emblemáticas e respeitadas. Faleceu Ede Cury, a assessora de imprensa que dedicou mais de 25 anos de sua vida à carreira do cantor Leonardo e de sua família. A informação foi confirmada pelo Portal Leo Dias.

A causa da morte ainda não foi divulgada pela família. Ede iniciou sua carreira em 1990 e se tornou muito mais do que uma funcionária; era considerada uma guardiã da imagem e da privacidade da família Costa.

Leonardo chora a perda da “Segunda Mãe”

Pouco após a confirmação do falecimento, o cantor Leonardo usou suas redes sociais para prestar uma última homenagem, revelando o nível de intimidade e confiança que tinham. Em um texto emocionado, o sertanejo destacou a lealdade de Ede:

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“Minha querida Ede, você sabe o quanto foi importante na minha vida e do meu irmão Leandro. Segurou muitas broncas, cuidou de mim como filho, e da minha família como sua. Colheu minhas lágrimas nos momentos mais difíceis, sempre com uma palavra amiga. Obrigado por tudo Ede, foram mais de 25 anos de cumplicidade e fidelidade. Para sempre estará no meu coração.”

— Leonardo, via Instagram

Uma Carreira marcada por Gestão de Crises

Ede Cury não era apenas uma assessora de imprensa comum; ela era especialista em blindar a família e gerenciar crises de proporções nacionais. Sua atuação foi crucial em dois dos momentos mais dramáticos da história da família:

  • O Acidente de Pedro Leonardo: Quando o filho do cantor sofreu um grave acidente de carro, foi Ede quem centralizou as informações médicas, evitando vazamentos sensacionalistas.
  • A Morte de Leandro: Sua atuação durante a doença e morte do cantor Leandro é estudada até hoje como um exemplo de comunicação.

Os 63 dias que pararam o Brasil

Em uma entrevista histórica ao jornalista André Piunti, Ede relembrou a saga dos 63 dias entre a descoberta do câncer de Leandro e seu falecimento. Ela foi a responsável pela estratégia de ser transparente com o público para evitar boatos.

“Eu acreditava na força da oração do povo brasileiro. Falei: ‘olha, Leandro e Leonardo, vamos fazer uma coletiva e dizer verdadeiramente o que está acontecendo’. Me acusaram de ser marketeira na época, mas era sincero. Eu queria jogar o Leandro nos braços dos fãs”, contou Ede.

Ela criou uma rotina de descer ao saguão do hospital nos horários dos telejornais (como o Jornal Nacional) para dar boletins oficiais, garantindo que a imprensa tivesse a informação correta e não especulasse sobre a saúde do ídolo.

A verdade sobre o Chapéu no Caixão

Durante anos, especulou-se que a imagem icônica do chapéu de boiadeiro sobre o caixão de Leandro teria sido uma jogada de marketing. Na mesma entrevista, Ede desmistificou o fato, revelando o lado humano e caótico daquele dia triste.

Segundo ela, após a morte ser confirmada, todos “sumiram” e coube a ela e ao motorista prepararem o corpo. “Eu tinha que vestir o Leandro. O motorista pegou a roupa inteirinha. Aquela história do chapéu na beira do caixão… na verdade era porque eu não tinha onde colocar o chapéu. Além de ser dele, eu não mandei buscar, naquela confusão eu fiquei andando com ele na mão”, revelou.

Ede Cury deixa um legado de profissionalismo, ética e, acima de tudo, lealdade inabalável ao sertanejo.