Compositores afirmam que “Beber, Beber” foi usada pela marca Cabaré desde 2019 sem autorização. Após meses de tentativas de acordo, caso envolvendo Leonardo pode ir à Justiça.
A polêmica envolvendo o cantor Leonardo e a marca de bebidas Cabaré ganhou novos desdobramentos após o compositor Elivandro Cuca denunciar publicamente o uso não autorizado da música “Beber, Beber” em campanhas publicitárias da empresa. Segundo ele, a obra teria sido utilizada desde 2019 sem qualquer licença dos autores.
A acusação, divulgada inicialmente pelo jornalista Alessandro Lo-Bianco, afirma que a produção musical — composta por Cuca, Raimundo Bahia e Guilherme Lopez — foi explorada comercialmente em anúncios, vídeos promocionais e peças de divulgação da cachaça e cerveja Cabaré, em violação à legislação de direitos autorais.
Os compositores tentam há mais de nove meses resolver a questão amigavelmente, mas, segundo Cuca, não houve retorno efetivo por parte da empresa. “Não é justo que uma empresa premiada mundialmente e um artista milionário estejam agindo dessa forma conosco”, declarou o autor.
Vídeos apagados, parecer técnico e possível processo judicial

Após notificações extrajudiciais, a marca Cabaré teria removido mais de dez vídeos contendo a trilha sonora. Porém, segundo Cuca, o uso indevido ocorreu em escala muito maior ao longo dos últimos anos, evidenciando exploração contínua da obra.
Para reforçar a denúncia, os compositores consultaram um especialista em sincronização de uma editora multinacional. O parecer técnico confirmou que a música foi utilizada como trilha comercial típica de campanhas publicitárias, prática que exige autorização formal e pagamento de direitos autorais.
Com o esgotamento das tentativas de negociação, o caso deve avançar para a Justiça. “A lei existe para proteger o compositor, e é isso que buscamos: respeito e justiça”, concluiu Cuca.
Impacto no mercado sertanejo e repercussão entre compositores
A denúncia ganhou força nas redes sociais e no meio sertanejo, reacendendo debates sobre valorização autoral, contratos de sincronização e responsabilidade de marcas que utilizam obras musicais em larga escala. Leonardo, até o momento, não se manifestou publicamente sobre as acusações.
