O sucesso de Ana Castela no sertanejo reacende o debate sobre quem ocupará o trono deixado por Marília Mendonça, mas o irmão da Rainha da Sofrência não gostou das comparações.

Desde a morte trágica de Marília Mendonça, em 2021, o público e os críticos da música sertaneja tentam responder a uma pergunta polêmica: quem seria capaz de ocupar o espaço deixado pela Rainha da Sofrência? Entre os nomes apontados, Ana Castela surge como uma das favoritas, graças ao sucesso meteórico e à força com que conquistou o público jovem. No entanto, essa comparação não agradou a todos — especialmente ao irmão de Marília, João Gustavo.

Nos últimos dias, uma postagem feita por um fã no Twitter exaltou o desempenho de Ana Castela nas plataformas digitais, chamando-a de “sucessora de Marília Mendonça”. A mensagem, que listava os sucessos da cantora no Spotify, viralizou rapidamente e chegou até João Gustavo, que reagiu com deboche: “Às vezes eu penso, se eu não entrasse nesse site eu não teria que ver algumas coisas kkkkkkkkkkkkkkkkk”, escreveu o ex-cantor em seu perfil, sem citar nomes diretamente.

A resposta foi o suficiente para dividir opiniões nas redes. Enquanto alguns fãs defenderam o irmão de Marília, outros criticaram o comentário, acusando-o de desprezar o talento da nova geração. “Você nunca será como sua irmã”, disparou uma internauta. Já outro usuário afirmou: “A Marília jamais será substituída, e não é só por ser a maior artista desse país, mas porque ela era única.”

Ana Castela: sucesso e ascensão meteórica

Apelidada de Boiadeira, Ana Castela se tornou um fenômeno do sertanejo e uma das principais vozes da nova geração. Aos 19 anos, ela acumula números impressionantes: mais de 11 milhões de ouvintes mensais no Spotify e várias músicas no Top 100 da plataforma.

Em 2022, seu primeiro grande hit, “Pipoco” — parceria com Melody e DJ Chris no Beat — ultrapassou 180 milhões de visualizações no YouTube e consolidou seu nome no cenário nacional. Desde então, a cantora não parou mais. Vieram sucessos como “Roça em Mim” (com Zé Felipe), “Bombonzinho” (com Israel & Rodolffo), “Palhaça” e “Dona de Mim”.

Hoje, Ana Castela é uma das artistas brasileiras mais ouvidas no mundo, ocupando a sexta posição entre as mulheres mais escutadas, atrás de Anitta, Marília Mendonça, Mari Fernandez, Luísa Sonza e Maiara & Maraísa. Seu sucesso mostra que o público abraçou o estilo agronejo, mistura de sertanejo com pop e sonoridades rurais modernas.

Comparações que dividem o público sertanejo

As comparações entre Ana Castela e Marília Mendonça dividem opiniões entre os fãs do gênero. Enquanto alguns acreditam que Ana está trilhando um caminho próprio e digno de reconhecimento, outros apontam que Marília foi uma artista insubstituível, com uma identidade e profundidade únicas em suas composições.

Desde a morte da Rainha da Sofrência, Maiara & Maraísa mantêm o protagonismo no feminejo, mas Ana Castela vem despontando como a principal representante da nova geração. Seu sucesso nas paradas e a presença nas redes sociais a transformaram em um fenômeno que transcende o público sertanejo.

O silêncio da Boiadeira e a força feminina no sertanejo

Mesmo sendo o centro da polêmica, Ana Castela preferiu não se manifestar. A cantora manteve o foco em sua agenda de shows e novos projetos, reforçando sua imagem de artista focada e discreta. A postura madura diante das comparações e provocações reforça a visão de que a Boiadeira está mais preocupada em consolidar sua própria história do que disputar o trono deixado por Marília Mendonça.

No fim das contas, o público é quem ganha com o fortalecimento do sertanejo feminino — um legado que começou com Marília e hoje inspira nomes como Ana Castela, Mari Fernandez e Simone Mendes a seguirem abrindo caminhos na música nacional.

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dedicados à pesquisa, cobertura e promoção do gênero que move o coração do Brasil. Fundador e CEO do Movimento Country, o maior portal de música sertaneja do país, Hedmilton transformou sua paixão pelo campo e pela cultura popular em uma das principais referências do entretenimento brasileiro. Reconhecido por sua visão pioneira, já entrevistou os maiores nomes do sertanejo, cobriu festivais históricos e ajudou a consolidar o gênero nas plataformas digitais. Sua trajetória une jornalismo, estratégia digital e curadoria musical, tornando-o uma autoridade respeitada tanto por artistas quanto pelo público. Hoje, lidera o Movimento Country com o mesmo propósito de quando começou: valorizar as raízes, celebrar os artistas e conectar o sertanejo com novas gerações.