De ícone dos rodeios a figura lendária do entretenimento brasileiro, Asa Branca tem sua trajetória épica retratada por Felipe Simas em um longa que promete emocionar

No universo das competições de rodeio, poucos nomes ressoam com tanta força e autenticidade quanto Asa Branca. Waldemar Ruy dos Santos, conhecido artisticamente como Asa Branca, reinou supremo nos anos 90, não apenas como um locutor de rodeios, mas também como um inovador que mudou para sempre a forma como esses eventos eram narrados e percebidos pelo grande público. Felipe Simas, ator renomado por sua versatilidade e entrega aos papéis que interpreta, assume agora a tarefa de dar vida a essa figura icônica no cinema no filme “Asa Branca: a voz da arena”.

Após uma marcante interpretação de Xororó na série “As aventuras de José e Durval”, Simas se debruça sobre a complexidade de um homem que viveu no limite entre o estrelato e a autodestruição. Dirigido por Guga Sander e produzido pela Sentimental Filme em coprodução com a Ventre Studio, o filme promete uma imersão profunda na vida tumultuada e fascinante de Asa Branca, cuja jornada terminou prematuramente em 2020, morreu em decorrência de um câncer.

Asa Branca sonhava em ser peão, mas um acidente de montaria o forçou a mudar seus planos. Sua entrada inesperada no mundo da locução durante um rodeio onde cobriu a ausência de um locutor se revelou não apenas um golpe do destino, mas o início de uma carreira lendária. Com sua voz poderosa e carisma indiscutível, ele não apenas narrou os rodeios, mas os transformou em espetáculos, incorporando elementos até então inéditos como o uso de microfone sem fio e a trilha sonora de rock pesado.

Ascensão e queda de Asa Branca

(Asa Branca | Foto: Arquivo Pessoal)

Com a fama, veio o acesso a um estilo de vida até então inimaginável. Asa Branca circulava em jatinhos, relacionava-se com mulheres famosas e participava de festivais de fim de ano da TV Globo e de novelas. No entanto, o lado obscuro da fama logo se revelou. O envolvimento com drogas tornou-se um vício, e no final dos anos 90, Asa Branca foi diagnosticado com HIV. Anos de luta contra o vício e a doença culminaram no diagnóstico de um câncer na mandíbula, uma batalha que ele travaria até seus últimos dias.

Apesar dos inúmeros desafios, Asa Branca tentou, com a ajuda de amigos, retomar sua carreira, dessa vez na música. Sua vida foi uma montanha-russa de triunfos e tragédias, mas seu legado como o locutor de rodeios que revolucionou o esporte permanece intacto. O filme “Asa Branca: a voz da arena” não é apenas um tributo a sua memória, mas também um lembrete de sua contribuição indelével para a cultura popular brasileira.

Felipe Simas se prepara para trazer à tela a vida de um homem que, apesar de suas falhas e lutas, deixou uma marca indelével no coração de muitos brasileiros. “Asa Branca: a voz da arena” promete ser uma jornada emocionante através dos altos e baixos da vida de Asa Branca, honrando sua memória e celebrando seu espírito indomável. À medida que as filmagens avançam no interior de São Paulo, o público aguarda ansiosamente a oportunidade de reviver a era de ouro dos rodeios através dos olhos de um de seus ícones mais queridos, imortalizado por uma atuação que promete ser tão memorável quanto o próprio homem que busca retratar.

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