Preços da soja no Brasil: Comportamento dos mercados e expectativas para 2025
Os preços da soja no Brasil apresentaram pouca variação, com uma leve melhora no ritmo de comercialização. Os produtores continuam retendo a oferta, esperando cotações mais altas enquanto observam o desenvolvimento das lavouras.
Preços de soja no fim da semana
No mercado físico, os preços da soja mostraram oscilações distintas em várias regiões do Brasil. Em Passo Fundo (RS), o preço da saca de 60 quilos recuou de R$ 136,00 para R$ 135,00. Já em Cascavel (PR), houve uma leve alta, passando de R$ 135,00 para R$ 136,00. A cotação em Rondonópolis (MT) subiu de R$ 125,00 para R$ 127,00, enquanto no Porto de Paranaguá (PR) os preços se mantiveram estáveis em R$ 142,00.
Soja em Chicago
No âmbito internacional, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registrou uma valorização dos contratos mais negociados, que se aproximaram de 2,95% na semana, com preços a US$ 11,50 por bushel. O fim do shutdown do governo americano reduziu a aversão ao risco no mercado, impulsionando a demanda por commodities. A reabertura destacou a importância dos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que deverão ser divulgados em breve, sinalizando um retorno ao fluxo normal de informações no setor.
A China, que é a principal compradora internacional de soja, está em evidência após um acordo com Washington prevendo a aquisição de 12 milhões de toneladas de soja americana. Esse acordo gera certa incerteza quanto ao seu cumprimento efetivo e ao ritmo de compras, fatores críticos para o futuro do mercado.
Ajuste da Conab
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fez um ajuste na projeção da produção de soja do Brasil para a safra 2025/26, elevando a expectativa para 177,601 milhões de toneladas, representando um aumento de 3,6% em relação à temporada anterior, que havia registrado 171,48 milhões de toneladas. Apesar de ligeiramente abaixo da previsão anterior, o plantio segue dentro da média dos últimos cinco anos. Contudo, atrasos em Goiás e Minas Gerais, em função da falta de chuvas, têm afetado o avanço da semeadura, criando preocupações entre os produtores.
Expectativas e informações do mercado
As condições climáticas são um fator crucial, e a falta de chuvas em regiões produtivas traz incertezas sobre a safra. A situação afeta não apenas os preços internos, mas também as expectativas de exportações em um cenário global competitivo. Os produtores continuam vigilantes, monitorando não apenas as condições locais, mas também os movimentos do mercado internacional e as decisões dos compradores, especialmente da China.
Desafios enfrentados pelos produtores
Os produtores enfrentam um dilema em relação à venda de suas safras. A expectativa de preços mais altos limita a disposição para vender agora, mesmo com movimentos de alta nos contratos em Chicago. Essa retenção de oferta contrasta com a necessidade de liquidez e pode resultar em riscos associados ao armazenamento prolongado da soja. As decisões estão sendo tomadas com cautela, uma vez que cada dia conta em um mercado tão volátil quanto o de commodities.
- Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 136,00 para R$ 135,00.
- Cascavel (PR) teve uma leve alta, de R$ 135,00 para R$ 136,00.
- Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 125,00 para R$ 127,00.
- No Porto de Paranaguá (PR), a cotação se manteve em R$ 142,00.
- Conab revisou a projeção da produção de soja para a safra 2025/26 para 177,601 milhões de toneladas.