Cachê de Zezé Di Camargo com governo Lula vira alvo de críticas após cantor atacar presença do presidente no SBT.

O nome de Zezé Di Camargo voltou a dominar as redes sociais nesta semana após a divulgação de um contrato público envolvendo o cantor. A polêmica ganhou força poucos dias depois de o sertanejo criticar duramente a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um evento do SBT, atitude que havia motivado inclusive um pedido de boicote à emissora.

O que chamou atenção foi o fato de que o cachê de Zezé Di Camargo com governo Lula, no valor de R$ 500 mil, será pago com recursos federais. O contrato refere-se a uma apresentação marcada para o dia 4 de janeiro de 2026, durante a tradicional Festa de Reis, em São José do Egito, no sertão de Pernambuco.

A contratação foi feita pela Prefeitura Municipal por meio de inexigibilidade, modalidade legal utilizada quando não há concorrência possível, com recursos destinados à Secretaria Municipal de Cultura.

Crítica política x dinheiro público: a ironia apontada pelo público

A coincidência temporal entre as críticas públicas feitas por Zezé ao presidente Lula e a revelação do contrato foi suficiente para gerar uma enxurrada de comentários irônicos nas redes sociais. Usuários questionaram a coerência do discurso do cantor, que havia demonstrado forte incômodo com a aproximação do SBT com o atual governo.

Nos comentários do Instagram, a reação foi imediata. “Receber cachê tudo bem, ir na mesma emissora que qualquer outra pessoa famosa pode ir, aí não?”, escreveu um internauta. Outro foi direto: “Era melhor ele ter ficado calado”. As mensagens rapidamente se multiplicaram, transformando o episódio em um dos assuntos mais comentados do dia.

O contrato e a legalidade da contratação

Cantor Zezé Di Camargo pede que especial de Natal não vá ao ar e gera reação nas redes (Foto: Reprodução Rede Social)
Cantor Zezé Di Camargo pede que especial de Natal não vá ao ar e gera reação nas redes (Foto: Reprodução Rede Social)

Do ponto de vista administrativo, o contrato segue os trâmites legais previstos para eventos culturais financiados pelo poder público. A inexigibilidade é um instrumento comum para a contratação de artistas consagrados, especialmente em festas tradicionais de grande porte.

O debate, no entanto, não gira em torno da legalidade, mas da narrativa pública. A revelação do Zezé Di Camargo verba federal ampliou o contraste entre o discurso político adotado pelo cantor e sua atuação profissional.

Posicionamento político já vinha causando desgaste

Nos últimos meses, Zezé Di Camargo tem se posicionado de forma cada vez mais explícita no campo político, alinhando-se a pautas conservadoras e criticando publicamente decisões e figuras ligadas ao atual governo. Esse comportamento já vinha gerando divisões entre fãs e críticas recorrentes nas redes.

O episódio do cachê apenas reforçou essa percepção de contradição, colocando o cantor novamente no centro de uma polêmica Zezé Di Camargo que mistura política, dinheiro público e imagem artística.

Silêncio do cantor e repercussão contínua

Até o momento, Zezé Di Camargo não se manifestou sobre a repercussão do contrato nem sobre as críticas feitas pelos internautas. A Prefeitura de São José do Egito também não comentou a viralização do assunto, limitando-se às informações oficiais do processo de contratação.

Enquanto isso, o episódio segue repercutindo como mais um capítulo da relação tensa entre artistas sertanejos, política e opinião pública. Independentemente do desfecho, o caso já entrou para a lista das situações mais comentadas do entretenimento brasileiro neste fim de ano.

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dedicados à pesquisa, cobertura e promoção do gênero que move o coração do Brasil. Fundador e CEO do Movimento Country, o maior portal de música sertaneja do país, Hedmilton transformou sua paixão pelo campo e pela cultura popular em uma das principais referências do entretenimento brasileiro. Reconhecido por sua visão pioneira, já entrevistou os maiores nomes do sertanejo, cobriu festivais históricos e ajudou a consolidar o gênero nas plataformas digitais. Sua trajetória une jornalismo, estratégia digital e curadoria musical, tornando-o uma autoridade respeitada tanto por artistas quanto pelo público. Hoje, lidera o Movimento Country com o mesmo propósito de quando começou: valorizar as raízes, celebrar os artistas e conectar o sertanejo com novas gerações.