Ícones do sertanejo, Chitãozinho & Xororó recebem o sétimo Grammy Latino da carreira com o álbum “José & Durval”, celebrado em Las Vegas.
A dupla sertaneja Chitãozinho & Xororó segue escrevendo a história da música sertaneja com mais uma conquista marcante. Na cerimônia do Grammy Latino, realizada nesta quinta-feira (13) em Las Vegas, a dupla foi premiada na categoria “Melhor Álbum de Música Sertaneja” pelo projeto “José & Durval”, o sétimo troféu da carreira dos irmãos.
Lançado em setembro de 2024, o álbum celebra a trajetória e as raízes dos artistas, unindo inovação e tradição em 15 faixas inéditas. O trabalho ainda conta com participações especiais de Simone Mendes e da banda Fresno, em um encontro que mistura gerações e estilos dentro do sertanejo contemporâneo.
“Ficamos imensamente felizes com a premiação. Esse projeto é muito especial porque carrega nossa história, nossas origens e toda a emoção de uma vida dedicada à música”, declarou Chitãozinho. Já Xororó complementou: “Estamos honrados com o reconhecimento e felizes por dividir essa conquista com tantos artistas talentosos do sertanejo.”
Sete Grammys e um legado inquestionável
Com esta vitória, Chitãozinho & Xororó somam sete Grammys Latinos e oito indicações ao prêmio, reforçando seu status como os grandes embaixadores da música sertaneja no cenário internacional. O reconhecimento não apenas consagra o novo projeto, como também reafirma a relevância e o impacto da dupla, que há mais de cinco décadas dita tendências e inspira gerações.
Ao longo da carreira, os irmãos acumularam 40 milhões de discos vendidos, 37 álbuns inéditos, onze DVDs e uma coleção impressionante de discos de ouro, platina e diamante. Além disso, o legado cultural se estende a projetos especiais, como programas de televisão e até uma homenagem no Carnaval paulistano, realizada pela escola X-9 Paulistana.
“José & Durval”: o tributo às raízes sertanejas

O álbum vencedor, “José & Durval”, é mais do que um projeto musical — é uma homenagem à própria história dos artistas. Inspirado na série biográfica de mesmo nome, o disco revisita o caminho percorrido desde os tempos humildes no interior do Paraná até o estrelato nacional, explorando a essência da música de raiz e os valores que moldaram a dupla.
Com arranjos refinados e composições inéditas, o trabalho mistura a emoção característica da dupla com uma roupagem moderna. O resultado é um retrato sensível e poderoso da jornada dos irmãos, que continuam evoluindo sem perder a autenticidade que os tornou lendas vivas do sertanejo.
Da “Galopeira” ao Grammy: 50 anos de história
A trajetória de Chitãozinho & Xororó é repleta de marcos que transformaram a música brasileira. O primeiro disco, “Galopeira” (1970), marcou o início de uma caminhada que ganharia força em 1978, com o sucesso “60 Dias Apaixonados”. Quatro anos depois, o hit “Fio de Cabelo” se tornaria um divisor de águas, vendendo mais de 1,5 milhão de cópias e levando o sertanejo às grandes rádios e palcos do país.
Desde então, vieram sucessos como “Se Deus Me Ouvisse”, “Fogão de Lenha”, “No Rancho Fundo”, “Página de Amigos” e “Alô”, consolidando uma carreira que transcende gerações. Entre 2022 e 2023, os irmãos comemoraram 50 anos de carreira com uma turnê mundial, livros, um gibi e uma série especial que reconta a história da dupla.
Um Grammy que celebra a tradição e a renovação
O prêmio recebido por “José & Durval” simboliza mais do que uma vitória: representa a continuidade de um legado e a capacidade da dupla de se reinventar. Ao unir modernidade e tradição, Chitãozinho & Xororó provam que a essência do sertanejo permanece viva e evoluindo com o tempo.
Mais uma vez, os Reis do Sertanejo mostram que o sucesso é feito de talento, dedicação e respeito à própria história. E se depender deles, o reinado ainda está longe de terminar.
