Felipe Simas interpreta Asa Branca no filme “A Voz da Arena”, biografia do lendário locutor e cantor que viveu o auge, a fama e a queda no mundo dos rodeios nos anos 1990.
Após dar vida a Xororó na série “As Aventuras de José e Durval”, do Globoplay, o ator Felipe Simas mergulha em um novo desafio: interpretar o icônico locutor e cantor Asa Branca, figura lendária dos rodeios brasileiros. O longa, intitulado “Asa Branca: A Voz da Arena”, promete retratar a ascensão meteórica, os amores e os excessos que marcaram a vida do homem que revolucionou a locução sertaneja nos anos 1990.
Filme promete resgatar o brilho e as sombras de um mito
As filmagens estão sendo realizadas no interior de São Paulo sob a direção de Guga Sander e produção da Sentimental Filme, em coprodução com a Ventre Studio. A história de Waldemar Ruy dos Santos, conhecido artisticamente como Asa Branca, é uma das mais marcantes do entretenimento brasileiro. O filme mostrará como o locutor conquistou fama nacional ao transformar os rodeios em verdadeiros espetáculos, unindo voz potente, carisma e ousadia.
Asa Branca foi um dos primeiros a usar microfone sem fio e introduzir rock pesado nas arenas, uma mistura inusitada que atraiu multidões e o levou à televisão. Nos anos 1990, participou de programas da TV Globo e chegou a fazer aparições em novelas, tornando-se uma celebridade além do universo dos rodeios.
Glória, amores e a queda de um ídolo

O filme não se limita à fama — ele também aborda as polêmicas e os dramas pessoais de Asa Branca. O locutor viveu romances com mulheres famosas, entre elas Marília Gabriela, como relatado no livro “Asa Branca – A Biografia”, de Raul Marques. Sua vida extravagante, marcada por viagens em jatinhos e festas, foi abalada pelo envolvimento com drogas e pelo diagnóstico de HIV no final dos anos 1990.
Mesmo enfrentando problemas de saúde e a perda de peso decorrente de um câncer na mandíbula, Asa Branca tentou se reerguer artisticamente. Com o apoio de amigos e fãs, ele retornou aos palcos como cantor e seguiu levando mensagens de fé e superação até 2019, quando voltou a lutar contra a doença. O artista faleceu em 2020, aos 57 anos, deixando um legado de inovação e paixão pelas arenas sertanejas.
Felipe Simas emociona com transformação no papel
Felipe Simas aparece irreconhecível nas primeiras imagens divulgadas da produção. Com figurino, sotaque e expressão fiel ao locutor, o ator promete entregar uma das atuações mais intensas de sua carreira. Conhecido por papéis marcantes em novelas e séries, Simas afirmou em entrevistas que o papel exigiu uma imersão emocional profunda e um estudo detalhado da história real do personagem.
“Asa Branca foi um homem à frente do seu tempo. Ele amava o público e o microfone com a mesma intensidade com que enfrentava seus demônios. Interpretá-lo é entender o Brasil que vive de fé, paixão e contradição”, disse o ator em nota enviada à imprensa. O longa deve estrear nos cinemas em 2026 e já é apontado como um dos filmes mais aguardados do ano.
O legado de Asa Branca nas arenas e na cultura sertaneja
Além de revolucionar a forma de narrar os rodeios, Asa Branca ajudou a transformar o evento em um espetáculo de massa, aproximando o público urbano do universo rural. Sua influência ainda é sentida nas arenas atuais e entre novos locutores que o citam como referência. O filme de Guga Sander busca justamente preservar esse legado e mostrar como o locutor foi precursor de uma era em que o sertanejo e o entretenimento se fundiram.
Mais do que uma biografia, “Asa Branca: A Voz da Arena” promete ser um retrato humano e intenso de um artista que viveu entre o brilho e o caos, sempre guiado pela paixão de narrar histórias ao som das batidas de um coração sertanejo. Com trilha sonora inspirada nos grandes sucessos de rodeio e figurinos autênticos dos anos 90, o longa tem tudo para emocionar gerações e reacender a memória de um ídolo inesquecível.
